Introdução: EmAm6EmAm6/4EmAmBm6-EmEmD/F#Em
Discreto, como o mais comum dos homens.
EmD/F#G
Notado apenas pela precisão
AmEm
Com que, por sete dias, sete não,
CBmEm
De sua chaminé fumaças sobem.
EmD/F#Em
Por longos anos viveu encoberto
EmD/F#G
Trancosus, em sua busca dos arcanos;
AmEm
Por noites, estudando, cozinhando,
Sabendo que no mundo pouco é certo.
CEm
"Ora, lege,
FD/F#Em
Labora et invenies;
CEm
Lege, relege,
FD/F#Em
Labora et invenies.”
EmD/F#Em
Numa noite, em que nas terras de (M)orpheus
EmD/F#G
Entrara, após uma longa vigília,
AmEm
Trancosus palmilhou trevosas trilhas,
CBmEm
Buscando o desvelar dos olhos seus;
EmD/F#Em
Há muito perseguia o Grande Livro
EmD/F#G
Urdido com palavras enganosas
AmEm
E, enfim, chegara a termo a Grande Obra;
CBmEm
Cumprira o Adepto, enfim, o seu destino.
CEm
"Ora, lege,
FD/F#Em
Labora et invenies;
CEm
Lege, relege,
FD/F#Em
Labora et invenies.”
(EmAM6EmAm6CBmAm (EmD)
(segue a harmonia da primeira parte)
II
De posse, então, do Clavis Prophetarum,
Intenta recitar-lhe uma sentença
Antes de retomar a trilha extensa
Que o levará de volta a Acordado.
Porém, tão logo à boca vem-lhe a frase,
Espanta-se e custa a entendê-la:
Se "pedra” pronuncia, ouve "estrela”,
Se pronuncia "estrela”, escuta "vale”.
A Trança mais cerrada se apresenta;
Trancosus não lhe vê como fugir:
"teus lábios testemunham contra ti! –
Parece-lhe dizer toda sentença.
O Céu, uma das Pátrias do Alquimista,
Tormentas grandiosas lhe oferece;
In seculae seculorum ele segue
Cruzando por Florestas Movediças.
"Ora, lege,
Labora et invenies;
Lege, relege,
Labora et invenies.”