Vai meu samba risca o céu de poesia
Deixa a marca desse amor
Ao som da furiosa bateria
Se essa barca não virar
Olê olá, eu chego lá salgueiro
Me fiz poeta nesse rio de ilusão
Na tentação de fevereiro
Ah! Meu deus mas que calor
Onde é que eu vim parar
Meu balancê vai balançando esse cordão
Pega fogo o salão
Dá vontade de ficar
Eu juro que nunca vi nada igual
Estou sentindo uma alegria infernal
Quem é do Salgueiro é de coração
Minha escola é diferente na emoção
Se não é pecado amar vem sambar
Deixa quem quiser julgar
É hora de sonhar e contemplar a imensidão
A natureza oh! Divina criação
A energia vem no toque do tambor
A minha herança tem a benção de oxalá
Eu sou nagô eu sou yourubá axé
Estrelas que brilham no tom da saudade
Santíssima trindade são os deuses da arte
O eterno gênio querubim
O menino que virou um rei
E o mestre que eu sempre reverenciei