O quilombo de Mangueira Simembá mantém de pé O quilombo de Mangueira traz a flor do candomblé É verde kabila, rosa de matamba Ancestralidade de Luanda Êee kalunga, ê D'onde Nzambi fez da vida o matiz Mangueira, o que sustenta o tronco é a raiz Meu sangue é de origem kongo Angola, iá iá Matamba, loango, Benguela O meu cazuá malungo Conduzido por kaiango Abraçado por unsumbo Plantei no Valongo o meu pé no chão Reinventei a minha luta Na santíssima macumba, irmandade é proteção! Erva por erva, no meu terreiro Preta velha ensinou, ciência de mirongueiro Kota rifula, põe dendê no duburu Capoeira tem resistência de Zungu As ruas ainda guardam afetos Pulsam nossa identidade Não venha dizer que é dialeto A língua que africaniza a cidade Entre esquinas, praças e gurufins Ressoam cuícas, ganzás e tamborins Meu rio redescobre em seus escombros Quem carrega em seus ombros A responsa de ser o futuro ancestral Eu sou mais um silva do buraco quente Da massa funkeira, sou linha de frente Cria de Mangueira, produto do nosso quintal