Por quê? Naquela quinta-feira de agosto A gente se pegou na porrada Bem no meio da Augusta Em frente ao Ecléticos Club Em meio aos freaks da Night Você quis acabar de uma vez por todas comigo Pra isso precisou de algumas doses de absinto Me xingou de todos os nomes Me agrediu verbalmente E da minha parte só escutou, só escutou Você não passa de uma vadia burguesa Dois tapas me deu e depois sumiu Mas não o suficiente para arrumar mais confusão Eu bem doido com a cabeça totalmente aérea Quase fui me embora com uma garota que tinha nome de flor Mas você viu e colou e colou, colou... colou Me ofereceu um último trago Bebemos, calamos, sentamos Numa trégua inexplicável Decidimos ir silenciosamente Mas no meio da rua você surtou Gritou e virou e me disse: Rapaz, eu preciso te largar Você pra mim é um vício e me faz muito mal Eu concordei, eu assenti, indiferente Então você explodiu Mais dois tapas me deu e partiu pra cima na pancada Eu só me defendendo não aguentei e te dei um beijo Você baixou a guarda, me agarrou com força Num momento sublime Meu rosto arranhado, marcado, manchado de sangue e suor Bem no meio do beijo eu ainda tive a manha de me achar vitorioso Maluco que sou eu achei, eu achei que finalmente estava tudo sob controle. Um tapa, você voltou a me bater Do nada você voltou a me bater Tomei tantas na cara que não deu não deu não deu E eu não respondi Te dei um par de tapas que doeu, doeu em mim Te dei um par de tapas que doeu, doeu, doeu em mim No meio da rua, no meio do povo louco E algumas gurias vieram para tirar satisfação E alguns rapazes vieram já para descer porrada E algumas gurias vieram para tirar satisfação E alguns rapazes vieram já na base da porrada Sobrou até pra menina que tinha nome de flor Sobrou, sobrou, porrada, porrada, porrada Sobrou até pra menina que tinha nome de flor Sobrou, sobrou, porrada, porrada, porrada Não sei como, não me lembro mas a gente fugiu dali Totalmente desapercebidos Dois assustados e doidos Enquanto o pau lá atrás comia solto Inacreditavelmente você me deu a mão chorando Descemos a Augusta, dobramos a esquerda com a minha casa perto Deixamos o carro pra trás, deixamos orgulho também Simplesmente sem vergonhas Não tínhamos mais nada pra dizer a respeito Não tínhamos mais nada para fazer a respeito Não tínhamos mais nada pra pensar a respeito Então transamos Então transamos