Trancado à força na colônia em Barbacena
Causei insônia com a minha cantilena
E tudo vale à pena
E minha alma é plena
Bateram palmas ao me ver entrar em cena
Bem-vindo à nau dos insensatos
Que gira sobre o próprio eixo inclinado
Pairando em meio ao caos ninguém fica parado
E o seu lugar também é aqui do nosso lado
Fui enxotado para o canto dos malditos
Com acesso a mundos paralelos infinitos
Como um proscrito
Ouvia os gritos
Juntei-me aos livres, párias, magos e aflitos
Bem-vindo à nau dos insensatos
Que gira sobre o próprio eixo inclinado
Pairando em meio ao caos ninguém fica parado
E o seu lugar também é aqui do nosso lado
Ao céu sobe um ciclone a se perder de vista
Em cada poro uma alegria surrealista
Caí na lista
Do alienista
Livre o gênio do terror conceitualista
Bem-vindo à nau dos insensatos
Que gira sobre o próprio eixo inclinado
Pairando em meio ao caos ninguém fica parado
E o seu lugar também é aqui do nosso lado
Não há destino e não há onde aportar
Eu sou meu próprio capitão em alto-mar
Já não sei mais se esse som vai se acabar
Bem-vindo à nau dos insensatos
Que gira sobre o próprio eixo inclinado
Pairando em meio ao caos ninguém fica parado
E o seu lugar também é aqui do nosso lado