O Amor
Gal Costa
O Amor
Letra: OriginalTalvez quem sabe um dia
Por uma alameda do zoológico
Ela também chegará
Ela que também amava os animais
Entrará sorridente assim como está
Na foto sobre a mesa
Ela é tão bonita
Ela é tão bonita que na certa
Eles a ressuscitarão
O século trinta vencerá
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias
Agora vamos alcançar
Tudo o que não podemos amar na vida
Com o estrelar das noites inumeráveis
Ressuscita-me
Ainda que mais não seja
Por que sou poeta
E ansiava o futuro
Ressuscita-me
Lutando contra as misérias
Do cotidiano
Ressuscita-me por isso
Ressuscita-me
Quero acabar de viver o que me cabe
Minha vida
Para que não mais existam
Amores servis
Ressuscita-me
Para que ninguém mais tenha
De sacrificar-se
Por uma casa, um buraco
Ressuscita-me
Para que a partir de hoje
A partir de hoje
A família se transforme
E o pai seja pelo menos o Universo
E a mãe seja no mínimo a Terra
A Terra
A Terra
Tal vez
¿Quién sabe?
Un día
Por una alameda
Del zoológico
Ella también llegará
Ella que también
Amaba los animales
Entrará sonriente
Así como está
En la foto sobre la mesa
Ella es tan bonita
Ella es tan bonita
Que seguramente
Ellos la resucitarán
El siglo treinta vencerá
El corazón destrozado ya
Por las mezquindades
Ahora vamos a alcanzar
Todo lo que no
Podemos amar en la vida
Con la estrella
De innumerables noches
Resucitame
Aún
Que más no sea
Porque soy poeta
Y anhelaba el futuro
Resucitame
Peleando
Contra las miserias
De lo cotidiano
Resucítame por eso
Resucitame
Quiero acabar de vivir
Lo que me queda
Mi vida
Para que no más
Existan amores serviles
Resucitame
Para que nadie más
Tenga que sacrificarse
Por una casa
Un agujero
Resucitame
Para que a partir de hoy
A partir de hoy
La familia se transforme
Y el padre
Sea por lo menos
El Universo
Y la madre
Sea al mínimo
La Tierra
La Tierra
La Tierra
Jorge Maestrelli
