Minha alma, de sonhar-te, anda perdida Meus olhos andam cegos de te ver Não és sequer a razão do meu viver Pois que tu és já toda minha vida Não vejo nada assim enlouquecida Passo no mundo, meu amor, a ler No misterioso livro do teu ser A mesma história, tantas vezes lida Tudo no mundo é frágil, tudo passa Quando me dizem isto, toda a graça D’uma boca divina, fala em mim E, olhos postos em ti, digo de rastros: Ah! Podem voar mundos, morrer astros, Que tu és como um Deus: Princípio e fim