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Carrego sempre comigo pé-de-coelho, ajoelho, sinto medo,
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não consigo descansar. Me debato pro amigo, peço conselho,
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quebro espelho, espalho cacos, sete anos de azar.
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Enquanto o corpo não tá fechado giro em falso a maçaneta pro capeta
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não entrar. Me encolho todo, fecho o olho gordo e rezo pra passar.
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Fica de butuca, arma os dentes, não desarma a arapuca que a
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Cuca vem pegar. Não bole, não mexe, não cutuca, não mete a mão na
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cumbuca, não promove mafuá. Enquanto o trabalho não ta feito não tem
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jeito, não tem papo, não tem papa pra benzer.
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Pede licença, mostra respeito, benze o peito e afasta o olho gordo de você.
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Amuleto de uma figa oiá, esculpido num coral.
F#A7B7E7
Fica me apertando no pescoço, me enforca, me dá força, me livra do mal.
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Amuleto de uma figa oiá, que um dia me trouxe paz.
F#A7B7E7
Fica enfeitando no meu peito, com o tempo deu defeito, não protege mais.
Solo E7F#A7E7 ( 4x )
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Faço reza forte, fechadura, cura-corte benta e pura, pito a erva do pagé.
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Tomo água benta no almoço, tomo banho de sal-grosso e deixo ao que
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Deus quiser. Enquanto a bruxa não ataca, fujo da urucubaca ,
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finjo que tá tudo bem. Bem que me disseram que amuleto é placebo,
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é incompleto e não protege ninguém.
A7B7E7
Amuleto de uma figa oiá, esculpido num coral.
F#A7B7E7
Fica me apertando no pescoço, me enforca, me dá força, me livra do mal.
A7B7E7
Amuleto de uma figa oiá, que um dia me trouxe paz.
F#A7B7E7
Fica enfeitando no meu peito, com o tempo deu defeito, não protege mais.