A brisa morna do teu cheiro
Ainda escorre pelos dedos
A areia tórrida da praia
E como um porre de bebida
Corre pelas veias,
Dorme no meu colo
A brisa morna do teu cheiro
Quando me acorda, é madrugada
E quando corre contra o tempo
Colhe antes do tempo, morre antes do termo
Nada me tira do meu canto
Antes me fira o desencanto
Pra cada mentira existe um pranto
Uma pira no seu manto
Incendeia o que não é santo
A brisa morna do teu cheiro
Colhe em meu peito a ventania
Mas já não me leva por inteiro
Já não me sacia, pois você judia
Tanto
De mim.