Cifra Club

Contrabando

Darcy Fagundes

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Vai o barco de farinha cruzando o velho Uruguai
Vaqueano dessas cruzadas vem na popa um índio moço manejando o varejão
Vem atento e vem pensando: Vou deixar do contrabando, não é vida pra um cristão!
Hoje eu vim porque o menino deu sumiço na chupeta
E aquele piá trombeta saiu louco de chorão
Sorri o moço da popa porque no bolso da roupa trás o bico pro piá
Ouve um tiro de repente vindo da banda de lá
Foi um tiro de sinal, já no mais o tiroteio se acendeu no macegal
Pipocando seco e feio como entrechoques de guampas
No entrevero do rodeio no dia em que se dá sal
Mala suerte! O barco vinha chegando e a carga do contrabando
Com mais dez braças de rio, ia subir a picada
Da picada pra carreta e, daí, pro caminhão
Houve um grito de: Ala fresca, o Nico se lastimô!

Mas ninguém botou tenência no sentido deste grito
Porque a coisa vinha preta sob o tendel de balaços
Que a guarda allena estendeu
Cada bala que cruzava debochava de assobio
Quando o barco deu no porto do lado de lá do rio
O pessoal ganhou o mato, na picada se sumiu
O barco ficou sozinho na madrugada e no rio
Digo mal ficou o Nico sobre um saco de farinha
Que um balaço espedaçou
Tinha um lenço maragato na brancura da farinha
Onde o índio se apoiou

Foi quando a manhã surgiu
Mostrando o sangue do Nico pingando dentro do rio
Menino cale essa boca! Não demora e chega o Nico
Vai te trazer outro bico que é pra ti não chorar mais
Veio a manhã, veio a tarde, veio a boieira a luzir
Veio a noite grande e morta, a China veio pra porta
E nada do Nico vir
Veio um dia, mais um dia, veio outro dia depois
Ao pé de uma lamparina, vela em silêncio uma China
Que de chorar se cansou
Numa cama de pelego choraminga sem sossego o piazito babão
Choraminga, choraminga porque o pai não trouxe o bico
E o que tinha se extraviou

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