O barco vai subindo, rio acima
O medo do futuro me domina
As águas do Araguaia me fascinam
E rompem o silêncio e a solidão
Será, se eu voltar, encontro Nina
Deitada numa rede, na varanda?
Vagando na eterna madrugada
Estrada onde vai dar, não dá em nada
Por que que eu canto
Meu destino de cigano?
Se na varanda, tem na rede
Quem eu amo
Por que é que eu ando
E esqueço o meu passado?
Se o futuro está tão longe
Muito longe dos meus passos
Se um dia eu cair numa emboscada
Não chore, não existe morte errada
O homem que semeia a tempestade
Aposta a vida na felicidade
Se eu volto, quero morar com você
Fazer o filho que você quer ter
De dia, pegar duro no roçado
Ser pobre é bem melhor que ser soldado
Por que que eu canto
Meu destino de cigano?
Se na varanda, tem na rede
Quem eu amo
Por que é que eu ando
E esqueço o meu passado?
Se o futuro está tão longe
Muito longe dos meus passos
Por que que eu canto
Meu destino de cigano?
Se na varanda, tem na rede
Quem eu amo
Por que é que eu ando
E esqueço o meu passado?
Se o futuro está tão longe
Muito longe dos meus passos
Por que que eu canto
Meu destino de cigano?
Se na varanda, tem na rede
Quem eu amo
Por que é que eu ando
E esqueço o meu passado?
Se o futuro está tão longe
Muito longe dos meus passos
Por que que eu canto
Meu destino de cigano?
Se na varanda, tem na rede
Quem eu amo
Por que é que eu ando
E esqueço o meu passado?
Se o futuro está tão longe
Muito longe dos meus passos