Já conheço os passos dessa estrada, sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor

Já conheço as pedras do caminho e sei também que ali sozinho

Eu vou ficar, tanto pior, o que é que eu posso contra o encanto       
Desse amor que eu nego tanto, evito tanto
E que no entanto volta sempre a enfeitiçar

Com seus mesmos tristes velhos fatos
Que num álbum de retrato eu teimo em colecionar
Lá vou eu de novo como um tolo, procurar o desconsolo
Que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras, versos, cartas
Minha cara, ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isso é pecado, eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado e você sabe a razão
Vou colecionar mais um soneto, outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração
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