[Intro] AmEAmEDmCEAmAmE
Ando a galope do vento, cruzando o pampa enorme
Am
Sou a coxilha que dorme, solita, no descampado
A7DmGC
Sou o mugir triste do gado, que dá o rumo das aguadas
FEDmCEAm
Sou noites enluaradas, deste meu chão colorado
E
Saí das entranhas da terra, sou um pouco de areia e rama
Am
Ouço uma voz que me chama, quase em silêncio profundo
A7DmGC
Sou o velho sonho oriundo, dos tempos da mocidade
FEDmCEAmEAmEDmCEAm
Sou lasca de uma saudade, que vem lá do fim do mundo
E
Sou alma perdida que habita, o silêncio das taperas
Am
Sou cantoria dos cuéras, no horizonte que se esteia
A7DmGC
Sou o minuano que jardeia, na fúria dos temporais
FEDmCEAm
Sou o canto dos pastiçais, que nos ventos gineteia
E
Sou batalhas guaraníticas, sou flecha, lança e tacapes
Am
Sou Guarani,Charrua ou Tapes, sou visão, sou visageiro
A7DmGC
Sou picomã de candieiro, sou agouro dos pelinchos
FEDmCEAmEAmEDmCEAm
Sou peleia e bochinchos do meu pago missioneiro
E
Sou os versos dos poetas, de pura cepa crioula
Am
Sou o canto triste da rola, cantando no meu rincão
A7DmGC
Sou gaúcho meu irmão, o homem que canta triste
FEDmCEAm
Sou a tradição que resiste, laçaços da evolução
E
Sou filha do vento xucro, sou neta da ventania
Am
Meu grito se ouve ao longe nas canhadas e serranias
A7DmGC
Sou o sangue do gaúcho, nesta minha terra bravia
FEDmCEAm
Sou o canto triste do anguera, sou a própria filosofia