Da vista do meu copo de café
Não vale mais ficar acordado
Se eu ponho um salto
Mas mesmo do alto
Penso de novo antes de sair
Por que do outro lado
Marcham soldados
Em má alusão
E eu não consigo evitar
Chorar pela criança que morreu
Se o tempo já passou e eu aprendi
Que a história sempre se repete
Eu acreditava
Que o povo lembrava
A porta do armário sempre há de abrir
Se o fogo das armas não me aquece
De que adianta tê-las na mão
Se eu não
Eu não posso gritar
Quando o caos se reflete em razão
Da vista do meu copo de café
Seus devaneios já não me alimentam
Quero liberdade
Pra andar na cidade
Sem medo dos outros com pedras nas mãos
Da vista do meu copo de café
Da vista do meu copo de café