( João P. Dias )
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Iludidos, somos todos iludidos
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Iludidos, filhos de um país falido
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Iludidos, todo um povo rendido
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Iludidos, quase tudo foi pro lixo
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Cadê a igualdade e liberdade
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Se hoje só interessa direito à propriedade
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Ninguém nesse país será torturado
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Não arrisque, se declare de uma vez logo culpado
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Cadê a liberdade de pensamento
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Quando falo sou repudiado a todo momento
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Iludidos, somos todos iludidos
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Iludidos, filhos de um país falido
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Iludidos, todo um povo rendido
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Iludidos, quase tudo foi pro lixo
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É vedada a discriminação por culto ou crença
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Se você não for cristão é motivo de desavença
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É garantido o acesso à informação
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Que eles deturpam e nos passam pela televisão
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E o direito à intimidade?
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Que nos mostram como algo sem necessidade
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Iludidos, somos todos iludidos
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Iludidos, filhos de um país falido
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Iludidos, todo um povo rendido
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Iludidos, quase tudo foi pro lixo
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Não há crime sem lei que o defina
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Mas mesmo o inocente nesse país se incrimina
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É assegurada a liberdade pra votar
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Mas o voto de cabresto ainda segue a vigorar
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Cadê o repúdio ao racismo
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Hoje o negro só tem direito ao ostracismo
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Iludidos, somos todos iludidos
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Iludidos, filhos de um país falido
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Iludidos, todo um povo rendido
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Iludidos, quase tudo foi pro lixo
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A casa é o abrigo inviolável
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Mas não raro a polícia o invade sem mandado
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Asseguram aos presos integridade moral
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Mas 100 presos numa cela, isso não é normal
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Todos têm direito à educação
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Mas pra quê abrir os olhos dessa nação
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Cadê o respeito à Constituição
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Cadê o respeito à Constituição
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Cadê o respeito à Constituição
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Cadê o respeito à Constituição
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Iludidos, somos todos iludidos
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Iludidos, filhos de um país falido
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Iludidos, todo um povo rendido
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Iludidos, mas nem tudo está perdido