Pra gente fazer mais um samba Precisa, meu bem, quase nada Às vezes um vago desejo De alguma paixão já passada Às vezes um breve perfume De alguém que passou na calçada Às vezes um gosto de orvalho Que cai na poeira da estrada Às vezes a doce lembrança De um nome na folha rasgada Às vezes a mágoa sem jeito Que tem toda a alma guardada Às vezes somente a vontade Que bate em meu peito calada O resto já tem no meu peito Saudade, violão, madrugada