''Eu fui buscar uma mulher na roça Que gostasse de Samba, que não Gostasse de Bossa. Uma semana depois Que aqui chegou mandou esticar os Cabelos e as unhas dos pés pintou. Foi dançar na Gafieira e nunca mais Voltou.'' Poema: Amanda Amanda Braza, saiu de casa, Passou baton e quebrou a asa. Esculturada. a mais notável, Que voz bonita, que tom amável. Entrou no bar, alguém a olhava. Num só segundo, notou que amava. Pensou: Meu silicone são mamas eternas E o meu ''cacho'', fracasso entre As pernas. - Ó Deus, faço tudo que quiser, Mas não me deixe gostar de mulher! A outra, na dúvida pior do mundo, Não sabia que Amanda, era Raimundo. Pensou: - Ó Deus, faço tudo que quiser, Mas não me deixe gostar de mulher! Relutaram contra a força do destino, Sem saber que em seus olhos, já casavam A menina com o menino. Nas vibrações do amor latente, foram Viver maritalmente. Pareciam inocentes noutros assuntos, mas Quando transavam gozavam juntos. Vícios, complexos e papos, compensavam Seus trapos. Mas, vejam só o que Amanda fez: Virou macho de vez! O Raimundo Burguês!! - Adeus Raimundo e sua face mesquinha, Não sou mais sua escrava de cama e Cozinha, você era doce, não tem o que Tinha. Te cuida, amor. Te amo, Mundinha. Adeus. Adeus.