Na estrada da vida de um homem errante Não existem flores beirando o caminho E nem poderia seguir entre flores Quem em sua vida só plantou espinhos É nesse martírio que hoje eu vivo Sigo tropeçando na estrada da vida E uma ramagem cheia de espinhos Cobriu minha estrada cercou meu caminho Agora estou em um beco sem saída Hoje eu cheguei numa encruzilhada Não sei o caminho que devo seguir Pois nenhum caminho tem algum destino Para quem caminha sem ter onde ir Se vou pela esquerda, se vou à direita Não tem diferença, pra mim tanto faz Quem está seguindo o rumo do nada Não é necessário escolher estrada Pode ir em frente ou voltar pra trás Sou um morto vivo sem rumo na vida Que não tendo lar pelo mundo vaga Servindo de exemplo ao velho ditado O que faz na terra na terra se paga Se a lei da vida age com justiça E manda o castigo quando a gente erra Então mande a morte a um vagabundo Um pobre infeliz que vive no mundo Só fazendo peso em cima da terra