Resplandeceu, povo da mata em Guaraci Pra saudar curumim, Raoni Alvoreceu, vou colorir linda manhã Sob as bênçãos de monã Da Guanabara reviver Guajupiá O mar ainda reflete Irin Magé Meu cacique, meu pajé Sou filho de Maíramuana O rio de amores, da sinfonia das flores No berço ainda nu O azul, esse meu azul Eram caetês e cecis, cateretês, marakás A melodia dos mananciais No aracê dos brasis, auê meus tupinambás Paraíso dos ancestrais Yabebira, Guirá Guaçu, a vida livre, Eiraiá Não vejo mais, chocalhos e tambores Doces flautas e licores, nosso fim foi Vera Cruz? Guerreiro chora, mas é brado na aldeia Ninguém tomba essa madeira, seu espírito de luz Okara êêê, taba jara êêê Portela fiz de você o meu Guajupiá Tuas raízes meu melhor lugar Um karioca em paz O Rio é Índio, corre nas veias kûánãpará Sou a lembrança de um tupinambá Que não se rendeu jamais E ô raiou Portela Guirá voou guirá A tribo de Monãrco e flecha Resistência na floresta Grande águia de cocar