Tocai atabaque e maracá, Anunciai ogum, oxossi e iemanjá, Rainha das águas, Das profundas águas do mar. Dançai. preto velho voltou Pra resgatar liberdade que no tronco ficou. O tronco é a cruz do escravo, Vitrine de corte, Estandarte de morte e Exílio perpétuo de beleza e de sorte. Varrei terreiros de toda nação Zumbi, preta chica, de branco leite, Vô cosme e pai joão. Não há alcatifa no adro da solidão, Nem a lua é testemunha Do batel nas calhas do coração. Cantai ária negro ao Estalar do chicote Que teu povo é forte, Não se entrega não! Palmares de renitente quilombo É o caminho da redenção