Horário nobre É a hora de levantar dessa cadeira elétrica virtual Não quer acordar Entrei ao vivo, agora eu tô no ar Cultura pobre Você foi pago pra não reclamar e morrer devagar nessa vida normal Seguindo à risca o manual do enlatado Você não vai nem acreditar quem vive dentro dessa caixa Sem moral Sua vontade é um comercial Necessidade artificial Como uma sombra, é só um vulto sem identidade Irrita de verdade Essa inércia vive conforme a programação Quase não pensa. Não tem visão É mais um escravo da televisão Você não vai acreditar quem vive dentro dessa caixa (Não vê) onde você for ele vai contigo (Não vê) te tem na palma da mão (Não vê) mesmo vilão do filme antigo Donos dos meios de manipulação (Não vê) como a traça come o vestido (Não vê) devorador de plantão (Não vê) vai pagar o preço se der ouvidos Ao que rasteja no chão Desespero Mudou a moda. Muda a vida toda e cada estação Você quer ver primeiro Segue o ritmo, mas não ouve a batida do seu coração É tão manobrável Boneco inflável, sem o menor sinal de reação Programado pra dar errado, se já vem com defeito de fabricação Vivendo a mentira perfeita Entrou a nova propaganda É nova opinião Engole seco e aceita Escolhe o personagem certo pra cada ocasião O marginal, o homem de bem, se não for real não engana ninguém Idolatria não me contagia Eu já sofri por ela, agora eu vivo sem (Não vê) onde você for ele vai contigo (Não vê) te tem na palma da mão (Não vê) mesmo vilão do filme antigo Donos dos meus meios de manipulação (Não vê) como a traça come o vestido (Não vê) devorador de plantão (Não vê) vai pagar o preço se der ouvidos Ao que rasteja no chão