Até o coração bate mais forte Até a voz falseia na garganta Quando canta lá na mata dos Taquara Um Sabiá Embetara e um Curió Dominó É como se um fosse um sino E outro a voz de um menino Nas noites do Cafundó Cantam quase de noitinha Quando as estrelas se aninham No colo que a noite tem E todo homem que sente Fica meio de repente Se sentindo sem ninguém Até o coração bate mais forte Até a voz falseia na garganta Quando canta lá na mata dos Taquara Um Sabiá Embetara e um Curió Dominó E os cantos vão pela mata Até que os silêncios capta E os leva para o além E o canto dos passarinhos Faz a gente de mansinho Sentir lembranças de alguém Que passou pelo caminho E foi indo e foi seguindo E te deixou sem seu bem Até o coração bate mais forte Até a voz falseia na garganta Quando canta lá na mata dos Taquara Um Sabiá Embetara e um Curió Dominó E à noite cai pelas beira Do mundão que tem lá fora E você fica que nem Que nem manga sem caroço Colarinho sem pescoço Que nem reza se amém Até o coração bate mais forte Até a voz falseia na garganta Quando canta lá na mata dos Taquara Um Sabiá Embetara e um Curió Dominó