Eu desejo o tempo certo Nas aquele que me diz seu sim O que sopra encantamento Mesmo que no desalento Faça-me provar o que é melhor Que me alinhe ao momento sob a luz do entendimento Que faz voltar ao pó as ilusões Sou do tempo um resultado Inocente ou ser culpado Não, não cabe aqui juízo algum Bem melhor é ser presente, nunca dele ser ausente Pois ele se vai sem se despedir Porque o tempo não se prende nas esquinas das quimeras Nem se rende à voz da imposição Não espera os distraídos, nem perdoa os seus conflitos E vai sem perguntar se já curou Porque o tempo é implacável Faz do medo um insondável Faz ruínas, traz a escuridão Mas o tempo desconhece, nem de longe reconhece O poder que tem o coração Há quem diga que a verdade cedo ou tarde nos invade Frente a frente o tempo e coração Sem efeitos, sem disfarces Sem excesso, sem vaidade O puro estado do que já restou Um encontro entre as partes Os dois lados do embate Que por fim terão que se entender Faz a conta do que vives O que somas e divides Sem temer o que vais encontrar No final há uma pergunta Um olhar de quem escuta Que não poderás mais evitar Deus em seu lugar de honra No altar de tua alma vai te perguntar: Foste feliz?