Há sobre os prantos, há sobre as humanas Vozes que se lamentam nas torturas Outras vozes mais doces e mais puras Como um coro dulcíssimo de hosanas As primeiras são feitas de amarguras As segundas, de bênçãos soberanas Sobre as dores sagradas ou profanas Que pululam nas sendas mais escuras Sobe da Terra a queixa soluçando Silenciosa, muda, suplicando Remontando aos Espaços constelados Desce dos Céus a voz amiga e mansa Fortificando a vida da Esperança Patrimônio dos seres desgraçados