Bombardeios. Canhões. Trevas. Muralhas E rasteja o dragão horrendo e informe Espalhando a miséria e o luto enorme Em miserabilíssimas batalhas Visões apocalípticas do mal Desenhadas por corvos vagabundos Gritam a dor de povos moribundos Na sinistra hecatombe universal A civilização do desconforto De mentira e veneno cerebrais Vai carpindo nos tristes funerais Do seu fausto de sombra, amargo e morto Quadros de sangue, lágrimas e horrores Avassalam de dor o mundo inteiro É o triunfo terrível do coveiro Ossuários tremendos sob as flores Enquanto a desventura chora inerme O homem, filosófico ou sem nome Morre de frio e fel, de sede e fome Nas vitórias fantásticas do verme Ai de vós nos abismos da aflição Sem o raio de luz da crença amiga Desventurado aquele que prossiga Sem o Cristo de amor no coração