Borboletas Já trocam as árvores por mim Insetos me desempenham Já posso amar as moscas Como a mim mesmo Os silêncios me praticam De tarde Um dom de latas velhas Se atraca em meu olho Mas eu tenho o predominio Por lírios Plantas desejam a minha boca Pra crescer por cima Sou livre Para o desfrute das aves Dou meiguice aos urubús Sapos desejam ser-me Quero cristianizar as águas Já enxergo o cheiro do sol