Tempo que não cede Sede que não cesse Calma, que na prece há de vir Peço que se apresse Pois meu peito pede Mesmo sendo levemente Não vou duvidar da vida Se ela se mostrou tão viva Sei na poesia que há em ser só seu Não perca o chão Por precaução, parei o mundo Desvia da solidão O sabor do abraço Não solte a minha mão Se o tempo for ficar parado Que a sorte é a teimosia do acaso Seu olhar, congele O rosto, revele Todo amor em forma de canção Não me desapresse Não me desespere Calma, que na pressa há de vir Ando sem temer a morte Distorcendo o sul e o norte Sem a poesia que há em ser só seu Não perca o chão Por precaução, parei o mundo Desvia da solidão O sabor do abraço Não solte a minha mão Se o tempo for ficar parado Que a sorte é a teimosia do acaso Não perca o chão Que em suas mãos Deixo o meu mundo