Saí do presidio tarde noite contemplando a natureza Tentando arrancar do peito toda mágoa e tristeza Vinte anos na prisão eu passei sem ter defesa Pelo crime cometido contra a vida da tereza. Já paguei na lei dos homens minha sentença assassina Na escola do destino só o mundo nos ensina Hoje estou em liberdade mas a vida não atina Livre vivo condenado pela justiça divina. Vou contar o acontecido agora já sem valor Porque fui pego em flagrante pelo juiz seo doutor Confesso logo meu crime por que fui o matador Da caboclinha tereza a minha vida, meu amor. Vi que o crime não compensa, jamais terei o perdão Por que a justiça do céu não dá absolvição Pra quem fere os mandamentos matando o seu irmão Porque a vida é sublime, está acima da razão. Perdi toda a mocidade hoje sou um ancião Minha rugas de cansaço é que restou da prisão Peço a Deus que me console do fundo do coração Meu crime foi desatino por amor e por paixão.