O amor anda escasso de ternura A saúde pior não há de estar Sua mesa tá rica de fartura A manchete do dia diz que está Dois presuntos pintaram em Cascadura Desovaram mais doze no Tanguá Quatro doces na face da candura Oito balas na boca da babá Escorria melado a tanajura Pela baba da moça do Tauá É, malandro, sai pra lá Quem falou que a coisa é pura Não sabia o que falar Cuidado que a cana é dura E a sujeira vai pintar Inventaram a borracha da cultura E apagaram a memória nacional Deram um rabo-de-arraia na estrutura Dança rock o país do carnaval Olha só o que deu dessa mistura As mulheres de terno de tergal Os meninos na de corte e costura As meninas jogando futebol Ontem foi a explosão dessa loucura Um rapaz deu a luz no Vidigal É, malandro, sai pra lá Quem falou que a coisa é pura Não sabia o que falar Cuidado que a cana é dura E a sujeira vai pintar Extraíram a antiga dentadura É a mais nova notícia do jornal Que comia voraz a rapadura E meu povo assistia da geral