Disse um campônio a sua amada Minha idolatrada, diga o que quer Por ti, vou matar, vou roubar Embora tristeza me causes, mulher! Provar, quero eu, que te quero Venero os teus olhos, teu porte e teu ser Mas, diga sua ordem, espero Por ti não me importa matar, ou morrer E ela disse ao campônio a brincar Se é verdade tua louca paixão Parte já e para mim vai buscar De tua mãe, inteiro coração E a correr o campônio partiu Como um raio, na estrada sumiu E sua amada qual louca ficou A chorar, na estrada tombou Chega à choupana o campônio E encontra a mãezinha ajoelhada a rezar Rasga-lhe o peito o demônio Tombando a velhinha aos pés do altar Tira do peito sangrando Da velha mãezinha, o pobre coração E volta a correr proclamando Vitória! Vitória de minha paixão! Mas em meio da estrada caiu E na queda, uma perna partiu E a distância saltou-lhe da mão Sobre a terra, o pobre coração. Nesse instante uma voz ecou Magoou-se, pobre filho meu Vem buscar-me, filho aqui estou Vem buscar-me, que ainda sou teu