Muitos embalos existem, procuram pela vida fácil Se espelham em criminosos, acham ser um caminho viável Inevitável por ser pobre, outro vitimado Nem sempre cola, tanto faz, pra ele é um barato Ser enquadrado, interrogado, dever explicações Temido na vizinhança, ser o maior dos ladrões Se torna seu pedestral, mais que isso um troféu Bem conhecido na malandragem destrói qualquer papel Um viciado nota dez, o rei do crack e cocaína Dezenas de passagens, o terror dos toca-fitas Conhecido e manjado por toda a polícia Mas tudo bem, tá tudo em paz se o suborno tá em dia Nem PM, nem civil, nem federal, ninguém embaça O mano paga bem, é bom malandro, tá em casa Diz que vai ser um traficante, se marcar até bicheiro O dono da quebrada, vai ter muito dinheiro Sonha com isso, apenas sonha e nisso vai morrer Se não se vence honestamente no crime pode esquecer Só polícia na sua vida, nem tudo é alegria Faz correria toda a hora, e nunca chega seu dia Quer ser malandro, paga o preço e a quantia é média -Se diz que troca com a polícia, então não paga comédia! Na banca quer ser o melhor e de conhecimento O mais esperto e conhecido, aqui fora ou lá dentro Um DVC assusta Deus, o seu é por aí Tem 1 KM de ficha e não sossega mesmo assim Quer dinheiro, quer a boa, e não se desaponta Bate no peito, eu sou ladrão -E a malandragem toma conta! A malandragem toma conta Toma conta! A malandragem toma conta Toma conta! Um complemento de um jornal vagabundo é sua alternativa Virar notícia de jornal, ou morto pela polícia Uma foto estampada na primeira página Morre mais vagabundos e é só pra começar Dentro de qualquer D20 um passo pro inferno E no DP caguetagem no choque elétrico A escolha é sua, depende do seu proceder Pois se optou pelo crime, sua tendência é se fuder E o embalo tá à vontade consumindo todas Vendendo a alma pro crack, se dizendo na boa Não vai ser traficante, não tem cacife pra isso De (Art.) 16' ou (Art.) 12', vai ficar no vício Vai conhecer sua derrota em forma de droga Vai se acabar no cachimbo, e não no fuzil da rota Vai de esperto malandro pra viciado otário É o preço da malandragem que se paga o embalo Um batalhão de PM na sua é pra valer Não tem seguro pra pagar então vai ter que morrer Não tem cadeia pra essa hora, nem se entrega se quiser Sai trocando, e o vencedor é o que ficar de pé E se cair será coberto com jornal e quem se importa? Apenas um cadáver ou apenas mais um bosta Que na vida é assim nem toda ideia consta E não existe sangue 'B, e a malandragem toma conta A malandragem toma conta Toma conta! A malandragem toma conta Toma conta! Jurou por Deus que se pudesse voltaria atrás Achou legal no começo, dinheiro fácil, malandragem demais Andar gingando na rua, chamando sempre atenção E escutar do pessoal: É o maluco é ladrão! Quem nunca foi assim, quem nunca teve vontade De ser o número um, o rei da malandragem Quem nunca quis ter armamentos e trocar com alguém Eu sei que todo pobre quis, inclusive eu também Eu sei do ódio da polícia, eu sei de tudo isso Mas fui embalo, me fodi, eu mereci meu destino Só devo contas à Deus, minha sentença paguei Pensei que iria ser fácil, mas de que jeito acabei A malandragem toma conta, toma conta sim Vejo os detentos nos presídios, história sem fim Todos batiam no peito, e se diziam malandros E, hoje estão fudidos, estão se acabando Ou vão pro saco muito antes que qualquer presídio É que existe um ditado: Pra bom gambé não tem ferido! E no distrito é só Deus, e os investigadores E sim senhor e não senhor, é foda, não existem flores Embaçado obedecer quem você nem conhece Mas no DP é assim, qualquer arrombado é seu chefe Teus parentes te esquecem na visita de domingo É bem por aí, você fudido e os outros rindo A malandragem toma conta e é dessa forma Jogando pobres embalos no crime Ou pra viverem de esmolas É complicado; ou pra viverem de esmolas! A malandragem toma conta Toma conta! A malandragem toma conta Toma conta! A malandragem toma conta Toma conta! A malandragem toma conta Toma conta!