Prepare as algemas, forme o inquérito Abra o processo que eles estão de volta Sem freio na língua, sem meia verdade História engraçada ou frase bonita Facção Central, Chico Xavier do Gueto Pondo no papel o que Deus manda Nos palco da noite é a munição traçante O soldado que prefere ser morto Do que ser o soldado que municia o inimigo Não é letra violenta não, cuzão É a música cantada com o coração Facção não faz rap pra você, boy Grupo invejoso, Zé povinho Estamos cagando e andando pra opinião de vocês Extremista célula terrorista Enquanto Deus por ar nos pulmões Vamos ser o avião fazendo estrago de ouvido a ouvido Vitória não é carro, dinheiro e vagabunda É Injetar ódio no cérebro do conformado Informação no desinformado e autoestima no derrotado Vive muito boy, não gosto de você, mas não quero seu sangue Derramado com as nossas mãos Não quero um dos meus vencendo através do seu cadáver Vive muito pra um dia ver a favela vencer Eu acredito muito nisso Pra quem tem fé e persistência tudo é possível Aí, tinha dois moleques lá no cortiço do centro Que ninguém dava uma moeda E mesmo assim eles derrubaram as portas Sobreviveram ao teste, as coronhadas da policia Fome, e hoje, acredita se quiser Tão aqui tirando seu sono Passaram de quinta série de escolaridade a PHD em vida Eduardo e Dum Dum doença que contagia as almas sem voz Certificado de atitude concedido pela favela Aí, desempregado, doente, órfão, faminto, mendigo, detento Viciado, menor de rua, iludido ou sem ilusão Não importa quem é você, se você tem periferia no peito Você é parte de mais um capitulo da nossa história Direto do campo de extermínio