Benedito Pereira era um homem comum Era pobre em dinheiro não tinha nenhum Era um pobre coitado, apenas mais um Morador lá no morro Se amarrava num samba e sem nenhum favor Era forte nas rimas sofridas do amor Não fazia arruaça, era até boa praça E trabalhador Todo dia descia no trem da central Carregando marmita embrulhada em jornal No domingo era visto em pé na geral Lá do Maracanã Mais num papo de esquina Ele foi apanhado sem os documentos Passou muito tempo entre maus elementos E o que ele aprendeu não preciso contar Hoje ele mudou, já não é mais Aquele sujeito pacato É mais conhecido por Unha de Gato E no morro voltou, é mais um marginal