Nascemos invencíveis e insaciáveis Querendo devorar o mundo Os dentes de leite, não temem a dureza Nem o Amargo da vida Encaram a pancadas Relevam os tombos Temperam a vida com sabor e alegria Crise é engolida sem mastigar E logo abre um sorriso Cai o primeiro dente de repente Tudo passa ser definitivo A Fragilidade se transforma em medo Pra preservar se recua Mas seguem as pancadas Os golpes e os tombos A alegria agora parece estar escondida Verdades indigestas Difícil ignorar E sustentar um sorriso Aprendendo a ter orgulho dos meus dentes amarelos Que rangem quando falo, mas se calo, esfarelam Ainda servindo pra devorar O mundo em pedaços que uma hora eu engulo E mesmo com sorrisos mais escassos Vou digerindo vitórias e fracassos