Se eu dissesse que sempre arrisquei, irias me querer? E se dissesse que nunca soube de nada? Agonia, busca e certeza. Certeza é que não faz sentido ao medo que nunca passa. Eu mesmo nunca sei. Janelas abertas pra ninguém esquecer a sombra em meu quarto e me ouvir dizer que passei a vida correndo contra os carrinhos na montanha russa. Tentando me sentir capaz e não ser outra vez arrastado pra trás. Paixão, devora este silêncio e diz onde há certeza nestas mãos. Eu juro, tento não ter medo e tento zelar pelos meus irmãos. Paixão então... Que sou o que foi deixado pra trás pelo coelho branco e não despencou nas frestas das árvores. Me diz então, o que faz sentido nesse mundo agora se já não me sinto aqui, não te vejo sorrir e já não posso dormir. O que será de mim? Paixão, devora este silêncio E diz onde há certeza nestas mãos. Eu juro, tento não ter medo e tento encontrar a direção que me proteja do relento. Paixão, me faz acreditar então. Me faz ser alguém.