Quando miro a cruz no céu meu norte se anuncia São quatro pontas de guia, cinco lumens a buscar Caminhos pro meu olhar pra chegar ao meu destino Meu flete de pêlo fino que a rima quer enciliar Estrelas que tremen-luz, quase que falam por mim Que entre céu e capim o espaço não se conta No meio das quatro pontas tem um ponto que media Romance, céu e poesia que a alma xucra reponta Inventario o cruzeiro quando a noite vai embora Duas estrelas pra espora, outra pro rosto da china E a quarta que ilumina a testa do meu cavalo Fica a do canto do galo pro sol se espichar em cima (3x) É um céu dentro da alma uma luz do pensamento Que desenha o firmamento em noites de lua ausente As estrelhas permanentes na consistência do verso O cruzeiro é do universo e o rumo a alma da gente