Trago esse xote Que é pra entregar de regalo Pra quem gosta de cavalo De gineteada e bailão E vamos se balançando Num xote veio crinudo É dois pra lá, dois pra cá E uma voltinha moçada Xote crinudo Da pampa velha grongueira Costeando na botoneira Num surungo de galpão De um jeito antigo Aquerenciado na fronteira Curtindo nas bebedeiras Oitavadas no balcão Xote sem sono Cusquilhoso e retovado Que por ser abagualado O nego ajeita com calma E noite adentro Floreia e tapa de grito Porque além de ser bonito Te juro faz bem pra alma Trago esse xote Que é pra entregar de regalo Pra quem gosta de cavalo De genetiada e bailão E pra os que gostam De um romance proibido Destes de beijar escondido Na penumbra do salão Xote terrunho Moldado no reboliço Mas que tem o compromisso De manter a tradição De vez em quando Se arrasta batendo garra Depois se amansa e esbarra Erguendo terra do chão Xote dos nosso Da gente buena e campeira Criada pelas pradeiras Que se garante no embalo Se derem cancha Arrocina a evolução Pois hay que tranca o garrão Depois se bota o pealo