Você já sabe que o "meu" não é "nenhum" Por isso é escusado você me pedir "algum" Isto é feio, viver de expediente Você não é aleijado, não é cego, nem doente Você não tem coragem de enfrentar um batedor E quando eu lhe vejo chego até a sentir pavor Tenho a certeza que você vem conversar com a velha conversa do me dá, me dá, me dá (quatro tostões p'rá mim jantar me dá, me dá! não dou, não dou!) E de contar vantagem é que você nunca se cansa Sempre com a conversa que vai receber herança Dia p'rá dia você está se derretendo Se a herança não vier você vai acabar morrendo E vo-vo-você não reflete, está atrapalhado Sempre com a mania de ser cantor de rádio Vou lhe dar um conselho, arranje uma colocação porque sopa de vento não é alimentação (vá quebrar pedra na pedreira que é bem bom p'ro seu pulmão, porque...)