É dessas terras longivas de magias Que eu tiro meu sustento É desse verde que encanta Que eu tiro o meu pão É nessas águas que serpenteiam A floresta e banham as aldeias Que eu navego escoando Minha produção É dessas matas que as sementes colhidas Vão brilhar e encantar outros chãos São essas matas que contam os eventos Dos meus ancestrais Sou feliz , sou caprichoso , artesão Eu sou de fé Teço paneiro de miriti Pra colher castanha e açaí Tem peneira de caranã Cesto , bolsa e tipiti Forno de barro eu tenho aqui Panela boa pro tacacá Prato pro meu caldo de tambaqui Remo e canoa pra singrar o rio