Do fundo do rio O rebojo soturno O mistério das águas O frio que arrepia É Cobra grande que bóia Com encanto e magia Do mistério da mata O perfume que mata Galhos se vergam Os bichos se calam A criatura que surge Assusta e persegue No desespero do mura Da luta inglória O desalento ordenou Da pajelança o veneno Da boiúna, da flecha o destino Seu desatino A guerreira virá Em cobra grande Em cobra grande encantada Desperta da toca molhada E faz tremer o chão das ocaras Surge dos igapós Em cobra grande Em cobra grande Surge dos igapós