esse canto , essa prece , esse brado é meu é a herança dos meus ancestrais são os cantos de amor da terra essas lanças que se erguem e cortam os ventos essas flechas que atravessam o céu o troar dos tambores da guerra na maloca dos cantos , na morada das almas dos bravos , tuxauas e chefes dos penachos errantes , das pinturas no rosto cantai velhos pajés canta o grande guerreiro , dança o feitiçeiro os filhos da terra , os filhos da selva os filhos da flecha , os filhos do sol sob a luz do luar , tocam os maracás ocara ! flecha , pintura taquara na dança da chuva , no bater dos pés na terra molhada ao redor das fogueiras os velhos que contam histórias de luta de um povo que sempre entoou seu cantar trovões e relâmpagos cruzam os céus estrondam os céus . . . nas flautas torés , trocanos , inhambés chocalhos , tambores , o som tribal dos cantos , das danças , das crenças das rezas dos pajés . hêiêiê nara hêi ( bis )