Depois de matear com uns amigos, Deixei minhas tristezas maneadas Lá onde o coração se conforta E nunca falta um violão na conversa. O brabo é aceitar a idéia da perda, Permanecer fiel a esse amor, Sem derramar uma lágrima à toa, Limpando o pátio com a baia vazia. E a quem importar quanto me doa, Vou dando bóia às galinhas... Os lugares que me viam abatido, Sujeito estranho, um olhar distraído, Não imaginam fazendo o meu momento, Povoando a alma com a rima no ouvido. Estendemos juntos os arreios à sombra, O campo até parecia diferente... Olhava em frente e nada faltava, Como era mesmo o tempo da gente... Toca vidinha uns "troço", à gosto, Que eu faço gosto escutar... Sou feliz porque assim deve ser, Buscando em tudo urgência e prazer. A vida é o livro, o poeta, o peão, O patrão, a vítima, o ladrão... Conforme a perda e a espera, ah! quem me dera Mapear o verso com a cara do mundo, Eu sei no fundo o resto é pouca miséria Pra quem mobilha o galpão... (Lá no coração do pampa, Por quem se ama, eu ando louco de atar...) Bis