O circulo do poder retesou Papel pega-mosca Dinheiro de plástico Cabo de aço Anônimo, fundo falso E um depoimento Sem nenhum valor Ai valor! Eu te dou um sorriso estampado Com a cara no tempo O olho rasgado No horizonte aramado de gaza Contrito e envergonhado, Num vagão de metrô Num vagao de metrô Vertical, incisivo, Grosseiro é teu traço. O sexo, a arte, O centro, o periférico, O belo, o balaço, A palavra, o trágico. Num mundo conversor No passaporte Esse tempo selvagem Bate e mistura bem O veneno É brasil... Diminui um a mais Somos mais um a menos O continente africano E eu devolvo a europa Não me chamo américa Transbordo tudo Eu fora da linha, no alvo, Não salvo, nem morro, Não sou cultura, nem nada, Só te quero vivo. Vivo, vivo na devoragem, Na tradução dessa dor.