Eu fui criado em galpão, c’oas melenas enfumaçada Mateava nas madrugada, espiando a estrela boieira Na minha terra missioneira, minha querência jesuíta Fazendo canções bonita, nas madrugadas campeira De madrugada escuto o cantar de galo E o meu cavalo relincha na estrebaria Escuto ao longe o s grito das curucaca Berra uma vaca que tá procurando a cria E o quero-quero já grita de toda goela É o sentinela e o guardião dos potrero Nisso eu escuto o alarido dos cachorro Espanta o sorro que está rondando os cordeiro De madrugada eu faço o fogo de chão Bato o tição pra quentar minha chaleira Enquanto escuto a passarada cantando Sigo mateando nas madrugadas campeira Lá fora eu escuto e madrugada meio escura A saracura gritando no taquaral Tanto das casas o acoo da mão pelada E a sapaiada gritando no banhadal Clareia o dia e os campos branco de geada A passarada gritando no arvoredo E eu vou vortiando um chimarrão bem topetudo Enquanto o cuiudo vai retosando o eguedo De madrugada eu faço o fogo de chão Bato o tição pra quentar minha chaleira Enquanto escuto a passarada cantando Sigo mateando nas madrugadas campeira Sou campesino e nasci pra ser galponeiro Sou missioneiro criado em fundo de grota Mateio cedo sentado num banco baixo Um leitão guacho vem me fuçar nas minha bota Late a cuscada que ecoa sobre o universo Eu canto verso enquanto chia a chaleira Grita a coruja na cuieira do capim E é bem assim nas madrugadas campeira De madrugada eu faço o fogo de chão Bato o tição pra quentar minha chaleira Enquanto escuto a passarada cantando Sigo mateando nas madrugadas campeira Pra o taura que salta nas madrugada Antes de sair pro serviço convida a companheira E dança em roda do borraio mesmo, parceiro