Você que leva a vida como o vizinho quer Se olha no espelho e não sabe se é O dono dos seus atos ou fantoche nato feito rato farto pacato por fé Você que olha o mundo como quem não quer Por baixo desse disfarce de bom josé você aí nadando contra a correnteza vai se atracar na ilha de seu cruzoé E vai ficar tão só chamando foca de vovó E pode se dar bem chamando onça de meu bem Aí aperreado, louco, sem pecado escrevendo memórias pra pirata ler Eu levo a minha vida e não quero a sua Se eu quero ir à lua não é pra te conhecer