No batuque, no pagode Avante Mangueira! Teu cenário é uma beleza Tua voz uma bandeira! O rufar do seu tambor Anunciou o verde e rosa Que canta o século do samba Canta os bambas em verso e prosa Pelo telefone vai buscar quem foi pra longe Pra matar minha saudade Recorda a praça onze em poesia Deixa falar a nostalgia O morro desce a ladeira prá cidade Sinhô, Ismael, Pixinguinha Cartola, noel, candeia Ecoa no céu, mangueira Traz todo o samba pra estação primeira É orgulho e até religião Em meigas faces tradição Jeito moleque mostra em breque No amor então, se faz canção Partido alto em fundo de quintal Silas, poeta do meu carnaval Mangueira, hoje o povo todo aclama Nossa majestade, o samba O mundo é um eterno moinho Meu berço, folhas secas vão caindo As novas vão crescer em seu caminho A manga brota em flor sem ter espinho