- Levanta mãe que num adianta mais pedir Nem de joelhos na beira da cama Deus vai te ouvir Chega de insistir e fingir que acredita E morrer sem alternativa, sonhando com a saída Cansei da vela acesa no vitrô Rejeitada pelo santo que não salvou E cansou de olhar pra cá e acreditar num povo Que pelo ouro cuspiu na benção com nojo E quanto o sangue ainda tem que jorrar grita ao léu Agonizar clamando piedade com a mão pro céu Pra entender que num é sempre que a fé cura E acreditar na paz agora seria loucura Se aqui se vale o que se tem no bolso morô O número de cabeça que você decapitou Prova que a vitória vem nas lágrimas de alguém Não na súplica da oração dizendo amém Pra quem quis vencer a injustiça trouxe êxito Perspicácia sarcástica no abraço, no beijo Um tiro com um agradável sorriso no olhar A carisma que nem Cristo pode desconfiar Cansei de acreditar e esperar resposta Pra que lutar e acabar na mesma bosta Lágrima não comove, barro em cima de casa Quem me deixou com fome tem mais do que precisava Sente o choque ,a maldição da peste implacável O sangue derramado em vão na cruz do calvário E lágrima sem dor, tortura sem trégua Clic, cléc, pow! e para todos sempre Guerra! (Refrão) E para todos sempre guerra...Guerra! Para todos sempre guerra...Guerra! Para todos sempre guerra...Guerra! Para todos sempre guerra...Guerra! Só eu sei oque eu passei, que eu sofri, que eu chorei Sem alguém pra perguntar ''Que foi que você tem?'' Angustiado confuso, quase me acabei Por pouco não me matei, mas confesso que pensei Sozinho num quarto à um passo do fracasso Entre o peso da solidão e um oitão carregado, Caralho! Também queria rir de tudo Sonhar com a formatura, escolher que cama eu durmo Deitar e conseguir dormir sem lembrar Orar crendo que algo pode me salvar Vendo o sol se aproximar e oque é que vou fazer Amanhã é outro dia as crianças tem que comer A dor abala enlouquece, tortura na dúvida -Não olha pra minha cara vagabunda! A crise transformou mais um que só queria Olhar com orgulho e ver sua família feliz um dia Esperança lamentável, a salvação que só veio Com a cabeça da filha da puta partida no meio Mata a cede de vingança, o trauma na lembrança Do pai que não quis ver no seu filho a sua infância Cansado de espera a pessoa certa no palanque A resposta do dízimo sem TV na estante Vendo a fé massacrada, agonizando viva Renascendo em outra carregada,pesando na cinta Queria acreditar no futuro, dormir sem medo Sem ver que alegria não é pra quem nasceu sem berço Fudeu, a ilusão do sorriso caiu por terra Clic, cléc, pow! e para todos sempre Guerra! (Refrão 2x) E para todos sempre guerra...Guerra! Para todos sempre guerra...Guerra! Para todos sempre guerra...Guerra! Para todos sempre guerra...Guerra!