Se canta com a alma, se canta com amor O menino pobre perguntou pro senhor O porquê de tanta dor? Mas ele não quis lhe responder Porque será? Porque será? O canto da favela e seus milagres Hoje vai cantar São pequenos milagres diários nada do impossível Ter o que comer, ter onde morar Mas tudo, vem de um sonho Um sonho de proteção Guerreiro de fé com santo forte, com santo forte Bate no peito e conta com a sorte A bala perdida, a parede do quarto O dinheiro pra pagar o ônibus, pra ir trabalhar O leite da criança que chora de fome E o doce vendido no sinal Pelo moleque tratado como marginal