Sinto o sol Vir pela janela iluminar E acordar cada poeira Num farol Um raio de luz a me queimar E recordar a vida inteira. Que filmará, que beijará Minha cabeça Me manterá nesse encanto. De cada canto a ensolarar A cabeceira De cada pó Subir o manto... Bate o sol Me invade num nó (1ª vez) Me dá um dó Acordar... Sonho alto, o corpo imóvel Dá um saldo, bate a porta (2ª vez) Um falso alarme A me avisar. Deixo o dia me clarear Igual poeira, possa boiar-me no ar Clarabóia vem me levantar. Se a vida quer o pé no chão A poesia pesa menos que o ar Possa vê-la flutuar.